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15 de outubro de 2025

DOIS MESES DEPOIS, GRUPO COBRA JUSTIÇA À MEMÓRIA DE MULHERES ASSASSINADAS EM ILHÉUS

 

“Sem verdade completa, não há justiça!”, diz a mensagem em uma das faixas do ato público que marcou, nesta quarta-feira (15), exatos dois meses do assassinato de Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos; Maria Helena do Nascimento Bastos, 41; e Mariana Bastos da Silva, 20, filha de Maria, no dia 15 de agosto passado, na Praia dos Milionários, zona sul de Ilhéus. Além do marco temporal do crime, a data foi escolhida por ser o Dia do Professor, profissão das amigas Alexsandra e Maria Helena.





Composto majoritariamente por mulheres, o grupo se reuniu em frente a um hotel próximo à cabeceira leste da pista do Aeroporto Jorge Amado e caminhou até o local onde os três corpos foram encontrados, com ferimentos causados por golpes de faca, em uma área de restinga atrás de um clube. De mãos dadas, formando um círculo, os manifestantes rezaram o Pai Nosso e cobraram justiça pela memória das vítimas.




Familiares das vítimas e movimentos sociais participaram do ato, que foi organizado pela Frente Parlamentar de Mulheres, formada pelas vereadoras Enilda Mendonça (PT) e Rúbia Carvalho (Agir), as duas únicas mulheres do Legislativo ilheense. Outros vereadores também se juntaram à manifestação, assim como membros da OAB e da Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI).





Uma das linhas de investigação da Polícia Civil é a de que Alexssandra, Maria Helena e Mariana teriam sido vítimas de latrocínio, roubo com resultado morte. Thierry Lima da Silva, de 23 anos, que está preso desde 24 de agosto, é o principal suspeito do crime. Segundo os investigadores, em depoimento, ele afirmou que matou as três mulheres sozinho, com uma faca.




A hipótese de latrocínio cometido por apenas um homem tem gerado questionamentos que ressoam, por exemplo, naquela faixa (“Sem verdade completa, não há justiça!”).