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23 de fevereiro de 2023

ILHÉUS: PRODUTORES DE CACAU ANUNCIAM PROTESTO CONTRA IMPORTAÇÃO

 


A  Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC) planeja fechar trechos da BR-101, em Ilhéus (BA), em protesto contra a chegada de mais um carregamento no porto da cidade de amêndoas de cacau importadas da Costa do Marfim para processamento nas três multinacionais que atuam no Brasil (Olam Agrícola, Barry Callebaut e Cargill Agrícola).


O dia do protesto depende da chegada do navio, mas segundo Vanuza Lima Barroso, presidente da associação, o movimento deve reunir cerca de 300 pessoas depois do Carnaval.


Produtora em Itabuna e Ubaitaba, Vanuza explica que os cacauicultores querem a revogação da Instrução Normativa (IN) 125/21, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que retirou a exigência fitossanitária para a importação das amêndoas do país africano, ignorando os riscos de trazer para o Brasil pragas e doenças quarentenárias (não existentes por aqui) como a Striga spp e a Phytoptora Megakaria, que poderiam contaminar a produção de cacau e de outras culturas como soja, milho, arroz, feijão, cana e sorgo.


“Na normativa anterior do ministério, de 2020, essas doenças existiam na Costa do Marfim. De um ano para o outro, desapareceram por um passe de mágica”, diz Vanuza, acrescentando que a instrução anterior exigia um tratamento com brometo de metila para o embarque das amêndoas africanas.


Segundo ela, a norma atende aos interesses das indústrias moageiras e, para editá-la, o Mapa ignorou vários protocolos e fez a vistoria de análise de risco de pragas em apenas uma cooperativa e um grande produtor e considerou que o país africano que produz o cacau mais barato do mundo tem mais de 1 milhão de produtores, a maioria pequenos, estava livre dessas doenças.

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