É bastante comum que os seres humanos acreditem que a Lua sempre esteve no seu lugar de estrelato iluminando o céu noturno da Terra, porém nem sempre tudo foi assim. Apesar de existir uma sensação de que o nosso satélite natural sempre esteve pairando próximo ao nosso planeta, isso não é completamente verdade.
Estima-se que a Lua tenha se formado após um protoplaneta do tamanho de Marte colidir com a Terra há 4,5 bilhões de anos. Os destroços que sobraram desse impacto se fundiram e acabaram formando o astro iluminado. Através de simulações computadorizas, pesquisadores descobriram que, na época da sua criação, a Lua estava muito mais perto da Terra do que atualmente — apenas 22,5 mil km de distância.
Se antigamente a Lua vivia coladinha na Terra, hoje são mais de 402 mil km de distância separando os dois. Além disso, a tendência é que o nosso único satélite natural continue se distanciando com o passar dos anos com uma taxa de 3,78 cm por ano — mais ou menos a mesma velocidade que nossas unhas crescem.
Embora a taxa de distanciamento pareça pequena, uma análise a longo prazo pode apresentar certos riscos maiores para o planeta. Sem a Lua por perto, a Terra poderia entrar em um movimento de desaceleração suficiente para torná-la completamente instável. O lado positivo é que esse efeito colateral precisaria de mais alguns bilhões de anos para acontecer.
Na Terra primitiva, quando a Lua foi recém-formada, os dias duravam cinco horas. Porém, o planeta foi cada vez mais desacelerando até que os dias diminuíram para as 24 horas com as quais estamos familiarizados agora, e continuarão a desacelerar no futuro.
Causas e consequências
O grande motivo para o distanciamento da Lua acontecer é o efeito da força gravitacional que a Terra exerce sobre ela e vice-versa. O astro iluminado é responsável direto por gerar as marés nos oceanos do planeta. Por outro lado, quando estão altas, as marés criam uma protuberância na superfície do planeta que é convertida em energia de rotação.
Essa protuberância alimenta uma pequena quantidade de energia na Lua, empurrando-a para uma órbita mais alta cada vez mais distante e com velocidades mais altas. Com isso, a velocidade de rotação da Terra diminuirá e nosso planeta inteiro poderá apresentar oscilações que terão um efeito devastador em nossas estações.
Através da instabilidade, partes do mundo poderiam experimentar variações de temperatura muito maiores do que estamos acostumados, com temperaturas congelantes no inverno seguidas de temperaturas extremamente quentes no verão. Por fim, a maioria das espécies de animais da Terra provavelmente não conseguiria se adaptar às mudanças climáticas de maneira rápida o suficiente e entraria em extinção.
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