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22 de abril de 2021

Após 3 anos de queda, número de policiais mortos no país cresce 10% em 2020

 

O policial militar Francis Avante, de 34 anos, saiu em 17 de novembro de 2020 para resolver um problema mecânico em sua moto, no bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo. 

Nunca mais voltou para casa. No caminho, interceptado por criminosos, foi assassinado com um tiro na nuca. “Meu primo foi executado. Não deram nem chance de ele correr. Outros três motociclistas o fecharam. Ele se rendeu, levantou as mãos, pediu pelo amor de Deus. Quando fizeram a busca nele, acharam uma arma, descobriram que era policial e atiraram. 

Ceifaram a vida de um homem trabalhador, pai de família”, conta o primo, o também policial Felipe Tonhazzini. Francis Avante é apenas um dos policiais assassinados no Brasil em 2020, um ano marcado pela alta nas mortes de agentes, mesmo em plena pandemia. Foram 198 vidas perdidas, um acréscimo de 10% em relação a 2019. 

O crescimento ocorre após três anos seguidos de queda nos óbitos de policiais. O número de pessoas mortas pela polícia, por sua vez, teve ligeira queda (-3%), contrastando com a alta no número de agentes assassinados e de crimes violentos no geral. Ainda assim, é um número alarmante: 5.660 pessoas foram mortas por forças policiais no Brasil. 

A expressiva baixa de mortes no Rio de Janeiro teve impacto direto na redução nacional, mesmo com o crescimento registrado em 17 unidades da federação.

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