A cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), passou os últimos oito dias sem saber a sorte do garoto de 14 anos William Souza do Rosário, desaparecido no Condomínio Residencial Alvorada, no bairro Simões Filho 1, após sair de sua residência para comprar um geladinho na casa da vizinha.
O caso teve nessa segunda-feira (21/01) um desfecho trágico, que deixou a família e os amigos horrorizados: William foi achado morto, queimado e enterrado.
O corpo de William foi encontrado enterrado em um lixão na região do Recanto do Sol, no bairro Vida Nova. Ele estava com o corpo parcialmente queimado, mãos amarradas para trás e uma corda no pescoço, com características de que sofreu estrangulamento.
Os familiares do garoto chegaram até o local depois de receber denúncia anônima por telefone, que indicou onde o cadáver estava. Em posse das informações, mãe, tia e amigos da vítima se dirigiram ao local e identificaram um corpo.
Logo, ligaram para Motta e sua equipe de brigadistas, que por sua vez, auxiliou o Corpo de Bombeiros Militar durante a escavação para a retirada dos restos mortais do adolescente. Apesar do corpo ter sido queimado e está em estado avançado de decomposição, os familiares que acompanhavam de longe o trabalho dos profissionais reconheceram o cadáver.
Peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), responsáveis por realizar os primeiros levantamentos sobre o caso, fizeram a perícia no local. Em, um policial sustentou que o garoto foi brutalmente torturado antes de ser morto.
Questionado sobre os elementos que permitem diagnosticar a tortura, o agente citou as marcas de queimadura por todo o corpo, a corda amarrada na mão e no pescoço, além da expressão de terror da face de William. A polícia também constatou que William foi torturado no mesmo local em que seu corpo foi enterrado.
Apesar da mãe de Willian reconhecer o corpo como sendo do filho, terá que aguardar um exame de DNA. Segundo a Polícia Civil, é necessária a realização dos exames para confirmar se é mesmo do menino, por conta das condições em que o cadáver se encontrava. O corpo do garoto foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), em Salvador.
A descoberta da morte e as circunstâncias em torno do caso abalou a família do garoto.
ENTENDA O CASO
De acordo com a família, William Souza do Rosário morava com mãe no bairro Cia 2, mas após ter sofrido ameaças de morte, se mudou para a casa da tia no bairro Simões Filho 1.
Na última segunda-feira (14/01), Willian sumiu após sair da casa para comprar um geladinho no apartamento vizinho, por volta do meio-dia. Com R$ 5 reais no bolso, ele pegou o geladinho, pagou a vizinha, mas enquanto aguardava R$ 3 reais de troco, desapareceu. Quando a vizinha retornou para entregar o troco, o menino já não estava mais no local.
Assim que percebeu o sumiço do garoto, familiares tentaram ligar para celular dele, mas as ligações não eram completadas. Preocupados e sem notícias, familiares vizinhos e amigos iniciaram buscas em hospitais, delegacias e IML, e também utilizaram as redes sociais para pedir informação do paradeiro de Willian, mas infelizmente não tiveram uma resposta feliz e foram informados da tragédia.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil do município. Ainda não há informações sobre autoria e motivação do crime, as apurações sobre o caso prosseguem.
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