A comissão especial do impeachment do Senado aprovou nesta sexta-feira (6), por 15 votos a favor e 5 contra, o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) favorável à continuidade do processo de afastamento da presidente Dilma
Rousseff. O texto será submetido agora à votação no plenário principal
do Senado. Dos 21 integrantes do colegiado, apenas o presidente da comissão,
senador Raimundo Lira (PMDB-PB), não votou. Antes de autorizar a votação
no painel eletrônico, ele explicou que só iria registrar voto caso
ocorresse um empate.
Para que o relatório fosse aprovado, eram necessários os votos da maioria simples dos integrantes da comissão (11 votos).
Veja como votou cada senador da comissão do impeachment:
A favor (15)
Dário Berger (PMDB-SC)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Helio José (PMDB-DF)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Aloysio Nunes (PSDB-SP)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Ana Amélia Lemos (PP-RS)
Gladson Cameli (PP-AC)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Romário (PSB-RJ)
Wellington Fagundes (PR-MT)
José Medeiros (PSD-MT)
Zezé Perrella (PDT-MG)
Contra (5)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
José Pimentel (PT-CE)
Telmário Mota (PDT-RR)
Vanessa Grazziotin (PC do B-AM)
O parecer de Anastasia será lido em plenário na próxima segunda-feira
(9) e publicado no Diário Oficial do Senado. A partir daí, começa a
contar o prazo de 48 horas para a votação em plenário.
A previsão, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é
que o parecer de Anastasia seja apreciado pelo plenário na próxima
quarta-feira (11). O quórum para a abertura da sessão é de 41 dos 81
senadores (maioria absoluta).
Se o parecer for aprovado pela maioria simples (metade mais um) dos
senadores presentes à sessão, o processo é formalmente instaurado. Por
exemplo: se estiverem presentes 50 senadores à sessão, são necessários
pelo menos 26 votos para a aprovação ou rejeição do parecer.
Caso haja a aprovação, a presidente da República será afastada por até
180 dias para ser julgada pelo Senado e o vice-presidente Michel Temer
assumirá o comando do Palácio do Planalto. Se o relatório for rejeitado,
o processo é arquivado.
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